A obrigatoriedade para que todos os carros novos no Brasil tenham airbag e freios ABS já está valendo desde o dia 1º de janeiro. A medida vale para os modelos zero quilômetro fabricados a partir deste ano, porém continua permitida a circulação de automóveis de outros anos que não possuam os equipamentos.
Os freios ABS (Antilock Braking System – “Sistema de Freio Antitravamento” em português) evitam que as rodas do veículo travem em uma freada brusca e permitem que o motorista mantenha o controle do carro. É um sistema que controla freios comuns.
Quando o motorista encontra um obstáculo no meio da rua e tem o instinto de colocar o pé no freio bruscamente, isso faz com que o veículo sem ABS comece a derrapar, mesmo estando com as rodas paradas. O carro começa a se arrastar, o motorista perde o domínio e, dependendo da situação, um acidente pode acontecer.
Já com o ABS, as rodas do veículo param aos poucos e não travam, aumentando a eficiência da direção e tornando o veículo mais seguro.
Com a pista molhada, mesmo com atrito menor, o ABS mantém sua eficiência. Nessa condição, um carro com o sistema para cerca de 42,4 metros depois da freada, melhor do que o freio comum em pista seca.
É importante saber que uma trepidação ocorre no pedal quando o ABS é acionado, ou seja, em caso de freadas bruscas. Em freadas normais o pedal não deve tremer. Se isso acontecer, o veículo pode estar com algum defeito no sistema de freio, que pode ser desde disco torto até falha da chegada do fluído de freio nas rodas. Por isso, se o pedal de freio trepidar em freadas normais, você precisa buscar uma empresa especializada.
Freios ABS nas motos
Segundo o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), o número de mortes de motociclistas no trânsito poderia ser menor se as motos contassem com sistema de freios ABS de série.
Na Europa, a obrigatoriedade do ABS para motos passa a vigorar em 2016, mas no Brasil o assunto ainda está sendo debatido.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 10 anos (2001 a 2011), o número de mortes em acidentes de trânsito com motos no Brasil aumentou 263,5.
Apenas 17% das motos vendidas no Brasil possuem o sistema, e somente em motos acima de 250 cilindradas, que representam 13% do total de motos comercializadas no país. Nesses casos, o dispositivo aparece muitas vezes apenas como opcional.
