Esse ramo da engenharia conta com profissionais responsáveis pelos processos relacionados ao petróleo e seus derivados. O campo de atuação do Engenheiro de Petróleo é bem amplo e pode englobar, por exemplo, a busca por bacias sedimentares e o planejamento e construção de poços e de plataformas.
A carreira de Engenharia de Petróleo vive um período de ascensão no Brasil graças às várias jazidas espalhadas por toda a costa do país, principalmente nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por essa razão e pela escassez de profissionais qualificados, quem ingressa nessa área costuma ser bem sucedido na hora de procurar um emprego. A expectativa é que mais de 50.000 oportunidades de trabalho sejam geradas até 2020.
Atuação do Engenheiro de Petróleo
Uma das funções do profissional da área é potencializar a produção de petróleo e de gás natural. Após a etapa de extração, ele é o responsável por gerir o transporte das substâncias até as refinarias e petroquímicas. Além disso, o Engenheiro de Petróleo atua diretamente na exploração, produção, refino e transformação da matéria-prima. Quem escolher essa carreira também poderá coordenar processos de planejamento, o que inclui estimar a capacidade das jazidas e o controle de resíduos.
Um dos desafios para esses profissionais é o fato de precisarem viver isolados por várias semanas em plataformas ou navios em alto mar. Aqueles que não quiserem ter esse tipo de experiência, podem optar por empregos na área administrativa ou comercial, fazendo consultorias e dando orientação de questões ambientais ou de segurança no trabalho. A docência e a pesquisa acadêmica também são algumas das alternativas.
Habilidades necessárias
As possibilidades de crescimento profissional são grandes devido ao porte das organizações que atuam no mercado. Porém, para se destacar, o Engenheiro de Petróleo precisa gostar de tecnologia, pois terá que lidar com ela diariamente e com a forte tendência de automação. A disciplina também é muito importante, já que precisam de competências dinâmicas que envolvam as áreas da geografia, da química e da física.
A dimensão internacional do segmento dos combustíveis requer desses engenheiros o domínio de outros idiomas, principalmente do inglês. O profissional ideal deve ainda saber trabalhar em equipe, se comunicar de forma eficaz e estar sempre atualizado.
Mudanças
No início, as organizações que atuavam na área contratavam engenheiros com formações diversas e treinavam eles para o cargo específico. Isso só mudou depois de 1994, ano em que foi criado o primeiro curso de Engenharia de Petróleo do Brasil.
Outra mudança notável foi em relação à postura diante do meio ambiente. Um reflexo disso é o aumento da demanda por biocombustíveis tradicionais mais limpos. Por isso, nos últimos anos, a preocupação com a sustentabilidade tem se tornado um fator fundamental na formação e na atuação desse profissional.
Formação
O bacharelado em Engenharia de Petróleo tem duração de 5 anos. Atualmente, existem várias instituições públicas e privadas que oferecem o curso e que são reconhecidas pelo MEC. Dentre as públicas, se destacam os programas de graduação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em relação às instituições privadas, as principais são a Universidade Estácio de Sá (UNESA), a Universidade Católica de Petrópolis (UCP), a Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) e a Universidade Vila Velha (UVV).
Existe ainda algumas instituições que oferecem cursos de engenharia em outras áreas com ênfase em petróleo, como a graduação em Engenharia de Minas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o curso de Engenharia Química da Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia (FTC-BA).
Média salarial
O Engenheiro de Petróleo é um dos profissionais mais bem pagos do país. Isso se deve à grande complexidade de sua especialidade técnica. No início da carreira, o salário pode chegar a 7 mil reais. Já a média salarial é de 9,6 mil reais.
A classe dos Engenheiros de Petróleo conta com um salário mínimo definido por legislação federal. De acordo com a regra, a remuneração não deve ser menor que a faixa entre 6 e 8,5 salários mínimos, média que varia de acordo com a jornada diária de trabalho.
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