A discussão em torno da qualidade do combustível vem aumentando cada vez mais em nosso país. O novo padrão de qualidade do biodiesel brasileiro será publicado em norma técnica da Agência Nacional de Petróleo (ANP) ainda neste mês, e uma das propostas é baixar o grau de umidade do produto de 500 ppm (partes por milhão) para 200 ppm.
A publicação foi discutida em encontro realizado em janeiro entre Erasmo Battistella, presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), e Helder Queiroz, diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Battistella também solicitou a Queiroz a criação de um selo de qualidade para certificar as usinas de biodiesel.
Desde 2005, quando a lei nº 11.097 foi publicada, o biodiesel passou a fazer parte da matriz energética brasileira, ampliando as atribuições da ANP, que começou, inclusive, a fiscalizar e regular a produção do etanol a partir de abril de 2011. Atualmente, todo óleo diesel comercializado no Brasil possui biodiesel, resultando na mistura denominada óleo diesel B, o qual traz uma série de benefícios, como qualidade, menos poluição e melhor relação custo-benefício.
Assim, ações como a da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com a Sest Senat buscam justamente o objetivo de melhorar continuamente o combustível em todo seu processo, desde o transporte até o uso. Uma delas é um manual com orientações para manter a qualidade do óleo diesel B, que, por meio do Despoluir – Programa Ambiental do Transporte, traz orientações ao setor de transporte de cargas e de passageiros para preservar a qualidade do produto, obtendo redução de custos, eficiência energética e menor desgaste de motores e peças.
Todo o movimento pelo tema em questão é uma ótima iniciativa, visto que o Brasil é o segundo maior fabricador de biodiesel no mundo todo, atrás apenas da Alemanha. Em 2011, de acordo com a ANP, foram produzidos 2,4 bilhões de litros. Dentre os fatores que favorecem essa notável produção, está a disponibilidade de terras e de diferentes oleaginosas, que são matérias-primas para produção, além do clima propício de nosso país. Dessa forma, há grandes possibilidades do Brasil se tornar o principal fornecedor mundial desse combustível.
E você, o que acha sobre as ações que estão ocorrendo em prol da qualidade do biodiesel? Conte pra gente!
E se você quiser acessar a versão eletrônica do manual criado pela CNT, clique aqui.