Em 1968, a Chevrolet lançou o Opala, primeiro carro de passeio fabricado pela empresa no Brasil. Até então, a montadora norte-americana só havia trabalhado com caminhões e utilitários no país. O carro chegou ao mercado para se tornar um automóvel referência em luxo e eficiência mecânica. Hoje, esse carrão é uma verdadeira relíquia.
Nesta matéria, nós contamos para você sobre a história desse clássico da GM!
Uma breve história do Opala
O Opala foi desenvolvido com base em uma mistura entro o carro alemão Opel Rekord e o grande clássico norte-americano Impala. A fusão entre esses dois modelos não só deu origem a um automóvel de sucesso, como também influenciou na definição do nome do veículo: Opala = Opel + Impala.
Grande lançamento no Brasil
O grande lançamento do Chevrolet Opala em terras brasileiras foi realizado em 1968, no VI Salão do Automóvel de São Paulo. Exposto sobre um palco giratório, o novo modelo da GM, disponível nas versões standard e luxo, chamou a atenção do público por conta de sua carroceria imponente com quatro portas.
E sabe por que a estreia do Opala no Brasil foi tão significativa para a Chevrolet? Pelo fato de, até então, a montadora ter produzido apenas caminhões e utilitários em suas fábricas instaladas no país.
O Opala tornou-se, rapidamente, um nome conhecido no Brasil. Isso porque o carro ganhou as telinhas da TV em comerciais estrelados por grandes personalidades da época, como o cantor Jair Rodrigues, a atriz Tônia Carrero e o jogador Rivelino. Ao redor do mundo, o Opala foi divulgado por misses e por Stirling Moss, piloto inglês de Fórmula 1.
Além de ser um carro de passeio, ele também fez parte da frota da polícia. Hoje, ele ainda pode ser visto nas ruas em raras aparições ou exposto como artigo de coleção.
As principais versões
Standard
Logo em sua estreia no Brasil, o Opala esteve disponível em duas versões: Standard e Luxo. O modelo padrão, que passou a ser chamado de Especial a partir de 1971, tinha um acabamento mais simples e, consequentemente, custava menos. Ele foi comercializado com um motor de quatro cilindros 2500 e freios a tambor. O motor com seis cilindros 3800 também era uma opção.
Depois de 1980, houve uma mudança nas nomenclaturas. O Opala básico foi chamado apenas de Opala e, em 1985, ganhou o nome de Opala L. Pouco tempo depois, em 1988, o automóvel da GM foi rebatizado com base nas variações do Monza.
Luxo e Gran Luxo
A versão mais refinada do Opala contava com acabamentos cromados, podendo ser comprado com configurações diferenciadas, que incluíam teto de vinil, freios a disco e motor 3800. Mas, existia um modelo ainda superior: o Gran Luxo. Ele podia ser encontrado com motor de quatro cilindros 2500 ou seis cilindros 3800.
Diplomata
Em 1979, a versão Diplomata chegou ao mercado para marcar época. Além do luxo extra em relação à Caravan, o modelo se destacou por conta de seus detalhes diferenciados, como os faróis, ar-condicionado, toca-fitas, direção hidráulica e motor de 6 cilindros.
O que impressionava bastante no Diplomata era o seu conforto. Com a reestilização do interior do automóvel, ele passou a contar com vidros, travas e retrovisores elétricos. E não para por aí! Os motoristas ainda dispunham de facilidades como desembaçador traseiro. Como você pode perceber, o Diplomata foi a versão mais completa da linha.
Fim da produção e ascensão do Omega
Em abril de 1992, o Opala atingiu a marca de 1 milhão de unidades vendidas. Apesar da conquista, poucos meses depois, em julho, a GM do Brasil deixou de fabricá-lo.
Um dos motivos que impulsionou a decisão foi a abertura do mercado nacional e a entrada de modelos importados. Com a dificuldade de competir com esses automóveis, o Opala saiu de cena e a GM investiu no lançamento do Omega. Apesar de já estar há tanto tempo fora do mercado, ele continua sendo a grande paixão de muitos motoristas.
Você já teve ou desejou ter um Opala? Conte pra gente nos comentários.