Na década de 1960, o mercado automobilístico dos Estados Unidos começava a ser dominado por marcas europeias e japonesas; o Fusca chegava a meio milhão de unidades vendidas em 1968 e a Volkswagen ganhava cada vez mais força. Nessa época, houve uma invasão de carros baratos, de baixa manutenção e muito mais práticos para o dia a dia. Com essas mudanças no setor, a Ford se viu obrigada a lançar um modelo novo para competir com os concorrentes. É nesse cenário que, em 17 de abril de 1969, nasce o Maverick, vendido pelo valor de US$ 1.995.
Inspirado no Mustang, o objetivo era vender o Maverick como um automóvel para a família. Prático, moderno, econômico e esportivo, o modelo vendeu 579 mil unidades em um ano e se tornou um sucesso para a Ford.
Chegada ao Brasil
Em junho de 1973, o Maverick foi lançado no Brasil batendo de frente com o já consagrado Chevrolet Opala. Na época, a Ford realizou uma pesquisa de marketing para decidir qual modelo seria lançado; o resultado foi o Ford Taunus, mas os fabricantes chegaram a conclusão de que sua produção não seria viável no Brasil e acabaram optando pelo Maverick. O modelo escolhido foi o mesmo que o norte-americano.
Modelos
Duas versões chegaram ao mercado brasileiro: Super e Super Luxo; pouco tempo depois a Ford lançou a versão esportiva GT, que vendeu seis mil unidades em aproximadamente dois anos. Apesar de agradar pelo belo visual, muitos reclamaram do espaço no banco traseiro e do fraco desempenho. A questão do espaço seria resolvida poucos meses depois, com o lançamento da versão sedã e quatro portas. Porém, o fraco desempenho continuou sendo um problema e o carro passou a ser considerado um modelo de alto consumo de gasolina.
A década de lançamento do Maverick coincidiu com a crise do petróleo, o que elevou muito os preços de combustível no mundo todo. Aconteceu, então, uma grande mudança no mercado e os modelos com motores grandes, como era o caso do Maverick GT, passaram a ser desconsiderados devido ao alto consumo. A Ford trabalhou rápido e lançou novas versões com motores menos potentes em 1975, mas com o desempenho ainda pior, as vendas não aconteceram como o esperado. Houve ainda outra tentativa, como o lançamento da segunda fase do Maverick, em 1977, quando o carro ganhou uma reestilização externa.
Final das vendas
Em 1979, o Maverick sai de linha no Brasil, dando lugar ao Corcel II. Lançado pela Ford em 1977, o Corcel era um carro que trazia grande evolução em relação à primeira geração e, por isso, ganhava um eficiente e econômico motor 1.6. Apesar de sua trajetória curta, é importante dizer que o Maverick é considerado um clássico emblemático na história automobilística tanto nacional quanto internacional.
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