Produzido a partir dos restos da cana de açúcar, o etanol 2.0 ou 2G, como também é conhecido, tem sido apontado como uma saída na produção de combustíveis considerados como “aliados” do meio-ambiente.
Atualmente, o Brasil se consolida como o maior exportador mundial de açúcar e segundo maior produtor de etanol, perdendo apenas para os Estados Unidos – que produz o combustível através do milho. Com a inovação do etanol 2.0, o país tem potencial para produzir até 42 milhões de litros do combustível por ano. Os números favorecem a produção: 60% da frota de 36 milhões de veículos no país optam pelo uso do etanol.
Fabricação
O processo de produção do etanol 2.0 consiste em aproveitar a folha, a palha e os detritos a partir da moagem da cana. A Raízen está localizada na cidade de Piracicaba e, atualmente, é a principal produtora e exportadora do etanol 2.0. A GranBio, em Alagoas também produz o combustível. Ambas são as pioneiras da técnica no Brasil.
A meta para 2015 foi de 10 milhões de litros de etanol 2.0 produzidos.
Vantagens
A produção do etanol 2.0, possibilita um aumento de rendimento de um hectar de cana em até 50%. Esse é um dos principais motivos para que o governo invista na técnica, 87% dos 60 milhões de dólares investidos na Raízen foram financiados pelo Estado. Outro ponto positivo, é a meta em diminuir a emissão de dióxido de carbono, espera-se uma baixa de 37% até 2025 e 43% até 2030.
História
O país começou a produzir etanol nos anos 70, quando o programa “pró-álcool” estava a todo vapor em plena crise petroleira. Anos depois, a produção do açúcar sofreu uma baixa por conta das quedas dos preços e as chuvas irregulares. Atualmente, o setor sinaliza melhoras com a introdução feita há alguns anos dos carros flex, o aumento do imposto sobre a gasolina e a produção inovadora do etanol 2.0.