A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), juntamente com produtores e usineiros, elaborou uma nova proposta para elevar a fatia de álcool na gasolina para 27,5%. O pedido do setor foi entregue para o Ministério de Minas e Energia, que ainda analisa o documento. No ano passado, o porcentual da mistura subiu de 20% para 25%.
Em entrevista à EBC (Empresa Brasil de Comunicação), o ministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou ontem que se reuniu com Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, para estudar a medida, mas afirmou que ainda não há decisão.
A mudança pode ajudar o setor de usinas a sair da crise. Muitas delas fecharam suas portas em virtude da queda nas vendas de álcool e na quebra das últimas safras. Além disso, a medida poderá evitar um aumento do preço do combustível neste ano e contribuir no combate à inflação.
Desempenho do motor
Como o etanol é um combustível mais corrosivo, carros a gasolina importados para o Brasil recebem mangueiras mais resistentes. Porém, modelos trazidos de forma independente e que não passam pelo processo de “tropicalização”, sofreriam mais com o aumento de álcool anidro na gasolina.
O possível aumento no consumo também é levado em conta. Por ser um combustível menos calorífico, o etanol pode refletir em um maior gasto do veículo. A variação pode ser maior ou menor, dependendo da tecnologia empregada no motor.