Foto: Dudarev Mikhail
A eficiência energética é uma exigência no país e por isso as indústrias automotivas devem se concentrar especialmente nesse objetivo. Isso se deve ao novo regime automotivo chamado de Inovar-Auto que vai de 2013 a 2017. As novas regras exigem que os carros, tanto nacionais como importados, melhorem sua média de consumo em 13,6% na cidade e na estrada. Portanto, seu rendimento médio deve atingir 15,9 km/l para gasolina e 11 km/l para o etanol. Parece pouco, mas esses valores equivalem aos da Europa para 2015, já que a sua norma de medição é mais leve.
Como estimulo aos fabricantes ficou estipulado que os modelos que atingirem 15,5% a mais de rendimento terão abatimento de 1% de IPI. Já os veículos que atingirem 18,8% chegarão a um desconto de 2%. Essa meta é voluntária e passará a valer a partir de 2017. O objetivo final seria atingir 17,26 km/l de gasolina e 11,96% km/l de etanol.
Existem diversas maneiras de aperfeiçoar cada modelo e fazê-los chegar a meta. No entanto, alguns são insuficientes se utilizados sozinhos, muito trabalhosos e outros são muito caros, não compensando sua aplicação. Assim a opção mais prática e rápida é a redução de peso.
Para isso, a utilização de alumínio deve ser ampliada. Os carros nacionais utilizam cerca de apenas 50 kg desse metal por veículo. Já na Europa a média vai para 150 kg/carro. E os modelos de maior porte nos EUA chegam a 155 kg/carro, com previsão de aumentar para 250 kg até 2025. Isso significa que temos ótima opção a explorar no Brasil.
Por exemplo, se trocarmos o bloco do motor em ferro fundido que equivale a 31 kg por um de alumínio, a redução de peso seria de 14,5 kg mais 3,5 kg de forma indireta. Uma redução de 10% na massa total do carro pode levar a uma economia de 5% a 7% no consumo de combustível.
Os painéis de alumínio são mais espessos que um de aço. No entanto, a redução de peso fica entre 50% e 65%. Esse metal também pode ser usado em outras peças como o capô, portas, porta-malas, teto etc. Com todas essas opções podemos ver que é realmente vantajoso investir nessas mudanças. Entre suas vantagens estão a reciclabilidade infinita, imunidade a corrosão, condutividade térmica, ductilidade, maleabilidade, resistência a fadiga etc.
Contudo, o ferro e o aço foram mais utilizados até hoje devido ao seu baixo custo. A produção de alumínio primário utiliza uma grande quantidade de energia elétrica e interfere no preço do automóvel. Se considerarmos a troca do bloco do motor podemos prever um aumento no preço do carro em mais de 2%. Isso influencia na competitividade de cada modelo no mercado.
Considerando o momento que estamos, é possível afirmar que o alumínio é a matéria-prima do momento. Afinal, a energia teve sua queda de preço e ainda estamos no processo para reduzir o consumo de combustíveis. Por isso, no final, os valores são compensados.
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