Os automóveis dos consumidores são afetados diretamente pelos combustíveis adulterados, levando a prejuízos e gastos desnecessários. Esse é um assunto muito discutido no mercado de combustíveis e a Ruff procura fazer sua parte sempre mantendo seus clientes e parceiros informados. Assim pode-se evitar gastos e cada vez mais ter acesso a combustíveis de qualidade. Com esse intuito reunimos abaixo os tipos de adulteração mais conhecidos de acordo com cada combustível:
Etanol Anidro: Esse combustível não tem tributação direta, ou seja, não paga impostos quando é vendido do produtor (usinas) para as distribuidoras. O Anidro é comprado pelas distribuidoras para ser misturado com a Gasolina A, formando o produto final que é chamado de gasolina C com 25% de Anidro em sua composição. Os impostos passam a ser cobrados a partir do produto final na comercialização da distribuidora com os revendedores.
Então para ter lucro maior por meio de sonegação de tributos, o adulterador adiciona uma quantidade indeterminada de água ao Etanol Anidro que é chamado de “Álcool Molhado”, para ser vendido como Hidratado que ao invés de água da rede municipal deve ter água destilada em sua mistura. Para evitar danos em seu automóvel devido a essa adulteração certifique-se de que o Etanol oferecido possui aparência incolor, pois o Anidro possui corante alaranjado segundo a Resolução ANP nº 36.
Etanol Hidratado: Já no caso do Hidratado, seus impostos são cobrados como produto final e sua fiscalização é feita com maior controle no Estado de São Paulo com a intenção de evitar sonegação de impostos.
Assim como o Anidro, esse combustível pode ser adulterado através da adição de água além da porcentagem permitida que deve ser entre 6,2 a 7,4%. Uma forma de verificar a qualidade do Hidratado é através do teste de proveta.
Gasolina: O principal objetivo ao adulterar esse combustível é não pagar tributos.Como jámencionado, a Gasolina C que é vendida para o consumidor final é uma mistura entre a gasolina A e Etanol Anidro, formando uma composição com 25% de Anidro.
Devido a essa mistura, a mais famosa forma de adulteração é a adição de Anidro acima da porcentagem permitida, prejudicando o consumidor final. Para evitar esse caso, o consumidor pode requisitar um teste de proveta ao abastecer seu automóvel.
Outra forma é a adição de solventes que são proibidos para gasolina. A variedade de solventes é utilizada é grande, sendo que o mais famoso é o de borracha deixando o combustível impróprio para consumo.
Existe ainda a possibilidade de misturar óleo diesel ou querosene a gasolina, por serem mais baratos e completamente miscíveis. Como esses dois produtos são mais pesados, com o tempo causam perda de potência e danos ao motor do veículo.
Óleo Diesel: Comercializado em mais de uma versão para automóveis, suas versões mais utilizadas no país são o S1.800 e o S500. Os nomes definem o teor de enxofre em sua composição, por exemplo, o tipo S1.800 corresponde 1.800 ppm (partes por milhão) de enxofre. Para diferenciar um tipo do outro foi definido que o S1.800 deve ter corante avermelhado e o S500 sua aparência natural. Essa ação impede que a versão com alto teor de enxofre seja comercializada em regiões de alta poluição como grandes metrópoles. Afinal, quanto menor a quantidade de enxofre menos poluente é o diesel. Quando for abastecer com esse combustível verifique se sua aparência condiz com a região em que você circula.
Uma possibilidade menos usada é a adição de óleos mais pesados (residuais) ao diesel.
Biodiesel: Utilizado principalmente em mistura obrigatória com óleo diesel, correspondendo a 5% da composição. O biodiesel pode ser adulterado com a adição de óleo de soja e funciona em motores a diesel, porém causa danos no motor dos automóveis ao longo do tempo.
GNV: Esse combustível é quase impossível de ser adulterado, não existindo uma forma comum e definitiva de adulteração.
Agora que você já sabe os principais tipos de adulteração fica mais fácil de evitar combustíveis de baixa qualidade, facilitando o acesso aos outros e prevenindo danos a seu automóvel. Mesmo que ainda exista a necessidade de cautela, temos o prazer de afirmar que os números de adulteração no país têm diminuído consideravelmente, como pode ser observado nos relatórios fornecidos pela ANP. Por fim, se você quiser saber mais sobre esse assunto veja esse texto complementar fornecido pela ANP e nosso texto sobre tipos de combustíveis.